quinta-feira, 19 de abril de 2012

Aborto de Anencéfalos

         Foi aprovado pelo Supremo Tribunal Federal o aborto de anencéfalos. Oito votos favoráveis e dois votos contrários. A partir da publicação dessa decisão as mulheres que descobrirem que seu nenê não tem o cérebro completo, poderão interromper a gravidez, tirando a vida do feto.
O que mais pesou para se chegar a essa decisão foi a análise do sofrimento da mãe. Tanto que a Lei prevê que justamente a gestante e tão somente ela, poderá e deverá decidir se a vida do feto será interrompida ou não.
Sinto que há grande proximidade dos argumentos pró-aborto de anencéfalos com os utilizados a favor da eutanásia. Os favoráveis apontam para o sofrimento de quem acompanha e da própria pessoa. Mas insisto em um argumento brutal, onde afirmo que não se acaba com o sofrimento matando os sofredores. Entendo que justamente ali está a oportunidade de aumentar o amor e o cuidado.
A decisão do STF relativiza a Vida. Por isso pergunto: Como medir essa situação do sofrimento? Quando o sofrimento permite acabar com a vida? Quantos sofrem dores emocionais e pedem pelo fim de sua vida - aprovaríamos isso?
No caso dos anencéfalos argumenta-se ainda que a possibilidade de vida é pequena. Mas será que não há dignidade em viverem apenas alguns minutos? O dom da vida não está ligado ao tempo de vida! Por isso todos têm o direito e o dever de cuidar durante os poucos, semanas, meses ou anos que estamos com nossos filhos e depois sepultá-los dignamente?
Em outras épocas algumas civilizações descartavam crianças com outras deficiências. Desejo que essa decisão não abra precedentes para que o egoísmo floresça e frutifique em extermínio de crianças por motivos banais!
Quero deixar claro que não consigo mensurar a dor dos pais que descobrem que seu filhinho(a) não tem cérebro. Compreendo que não é uma situação banal. Porém a Vida pertence a Deus. Ninguém tem o direito de interrompê-la. Não somos autônomos nem mesmo com a nossa própria existência – muito menos com a de outrem, menos ainda com a de um feto que não pode defender-se de nada.
Independente das leis aprovadas, precisamos continuar zelando e cuidando a vida. Pois antes importa obedecer a Deus do que aos homens (At 5.29). Sabemos que nosso Deus, Criador, nos acompanha desde a concepção, nos viu desde quando estávamos sendo formandos na barriga de nossa mãe (Salmo 139); e que a Verdadeira Páscoa, onde Jesus ressuscitou, nos ensina que nosso salvador não deseja interromper a vida, mas garanti-la eternamente.
Concluo convidando os leitores a pesquisarem e conferirem no youtube o depoimento de pais de uma menina anencéfala que recebeu o nome de Vitória de Jesus – o título é “Pais testemunham a sua fé”. Também é possível acompanhar o discurso e o voto de cada um dos ministros.
Pastor Ismar L. Pinz

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Anencéfalos e especiais

Extermínio. Esta é a palavra do ministro Cezar Peluso, presidente do Supremo Tribunal Federal para  qualificar a decisão que legaliza o aborto de crianças sem cérebro: “No caso de extermínio do anencéfalo encena-se a atuação avassaladora do ser poderoso superior que infringe a pena de morte a um incapaz”.  Para ele, o feto portador de anencefalia tem vida, diferentemente dos seus colegas que afirmam que a gravidez de anencéfalo não pode ser taxada de aborto: "O crime de aborto pressupõe gravidez em curso e que o feto esteja vivo”. Quem está com a verdade?  
A justificativa para o aborto de anencéfalos é o sofrimento da gestante. Mas, e os pais que sofrem a vida toda cuidando de filhos deficientes – filhos especiais? A dor que suportam não é com amor, satisfação, dedicação? E a criança sem cérebro não é ainda mais especial? Se viver 10 minutos fora do ventre, não é a oportunidade para manter os cuidados e depois fazer um sepultamento digno? Aliás, o que é feito com o corpo da criança anencéfala? 
“Quando eu estava sendo formado na barriga da minha mãe, crescendo ali em segredo, tu me viste antes de eu ter nascido”, diz Davi sobre esta ecografia divina. E complementa: “Os dias que me deste para viver foram todos escritos no teu livro quando ainda nenhum deles existia” (Salmo 139). Se os dias de vida são um presente do Criador, e foram escritos no seu livro, ninguém tem o direito de abreviá-los. Por isto, antes do STF tem o mandamento “não matarás”. Também tem o que disse Paulo: “Devemos obedecer a Deus e não às pessoas” (Atos 5.29).
O rei Davi confessou que ele era pecador desde o dia em que tinha sido concebido. Neste mesmo Salmo 51 ele implora: “Ó Deus, meu Salvador, livra-me da morte”. Esta é a petição de milhares de crianças que são mortas diariamente antes mesmo de serem dadas à luz. Foi para elas, com ou sem cérebro, que Jesus disse: “Deixem que as crianças venham a mim”.
Rev. Marcos Schmidt

sábado, 14 de abril de 2012

Os filhos são atendidos pelo Pai

“Aquele que não poupou
o Seu próprio Filho…
nos dará
graciosamente
todas as outras coisas”. (Romanos 8.32)

Em 1493 os professores da Universidade de Louvain em Paris, França, passaram oito semanas debatendo se quatro orações de cinco minutos em dias consecutivos tinham mais chance de serem respondidas do que uma oração de vinte minutos. Eles também discutiram se uma oração de dez minutos feita no lugar de dez pessoas é tão eficaz quanto dez orações de um minuto.
Os filósofos religiosos podem achar interessantes as discussões teóricas sobre a oração. Nosso Pai Celestial não acha. Em Sua graça, Deus dá o dom da oração a cada um de Seus filhos, não para ser especulado, mas para usar.
AS PROMESSAS DE DEUS SÃO "PARA VOCÊ"
A fim de encorajar o uso diário do Seu presente maravilhoso, Deus anexou promessas. Oramos a Deus em nome de Jesus porque "quantas são as promessas de Deus, tantas têm nele [Jesus] o sim; porquanto também por ele é o amém para glória de Deus, por nosso intermédio" (2 Coríntios 1.20).
As promessas de oração de Deus, baseadas na histórica morte e ressurreição de Jesus, são PARA VOCÊ. Todas as suas orações feitas no nome de Cristo serão respondidas, tão certamente quanto Cristo morreu e ressuscitou. Por esse motivo nós incluímos a cena da crucificação nesta devoção, mostrando a agonia que Cristo sofreu POR VOCÊ!
Jamais duvide que Deus lhe dará tudo o que você precisa, tanto para esta vida como para preparar-se para a vida que virá. Ao invés de duvidar, fixe seus olhos da fé na cruz, com confiança e alegria. "Se Deus é POR [VOCÊ], quem será contra [VOCÊ]?” “Aquele que não poupou o seu próprio Filho, antes, por todos nós o entregou, não nos dará graciosamente com ele todas as coisas?" (Romanos 8.31-32).
PENSE EM JÓ
Toda vez que o diabo tentar você a duvidar das promessas de oração de Deus, pense em Jó. A descrição do sofrimento de Jó é tão vívida que os artistas seculares constantemente usam-no como a epítome do desespero. Ainda assim, Jó não desistiu de Deus. Jó sabia que a sua esperança jazia unicamente nas promessas de Deus em Jesus Cristo. "Eu sei que o meu Redentor vive" (Jó 19.25). Jó agarrou-se às promessas de Deus. Não deixe de ler Jó 42.10-17 para ver como Deus fez bênçãos incríveis transbordarem sobre Jó! Essa mesma promessa de Deus é PARA VOCÊ!
Muito frequentemente, tal como os professores em Paris que passaram boa parte do seu tempo debatendo sobre a oração, podemos ser distraídos pelo diabo para não fazer nada além de falar "sobre" oração. Não permita que o diabo o distraia. Ao invés disso, com a força que o Espírito de Deus lhe garante, responda pela fé à ordem e ao convite graciosos de Deus para orar. Deus deseja que a oração seja uma parte regular de sua atividade diária, não apenas um "extra" opcional ou ocasional.
COMECE UMA NOVA VIDA DE ORAÇÃO
Comece sua nova vida de oração diária ouvindo as muitas ordens e convites de Deus para orar: Mateus 7.7; Lucas 18.1; 21.36; Romanos 12.12; Colossenses 4.2; 1 Tessalonicenses 5.17; 1 Timóteo 2.1; Tiago 1.6; 5.15; Judas 20.
Depois, com a promessa de Romanos 8.31-32 sempre em mente, medite com alegria nas maravilhosas promessas que Deus lhe está oferecendo através da oração. "Se me pedirdes alguma cousa em meu nome, eu o farei" (João 14.14). "Por isso, vos digo que tudo quanto em oração pedirdes, crede que recebestes, e será assim convosco" (Marcos 11.24). "E esta é a confiança que temos para com ele: que, se pedirmos alguma cousa segundo a sua vontade, ele nos ouve" (l João 5.14). "E tudo quanto pedirdes em meu nome, isso farei, a fim de que o Pai seja glorificado no Filho" (João 14.13). "Se pedirdes alguma cousa ao Pai, ele vo-la concederá em meu nome" (João 16.23). "Se permanecerdes em mim, e as minhas palavras permanecerem em vós, pedireis o que quiserdes, e vos será feito" (João 15.7). "Pedi, e dar-se-vos-á; buscai e achareis; batei, e abrir-se-vos-á. Pois todo o que pede recebe, o que busca encontra; e, a quem bate, abrir-se-lhe-á" (Mateus 7.7-8).
PREPARE-SE PARA RECEBER BÊNÇÃOS
Finalmente, e mais importante ainda, nunca especule ou pontifique sobre a oração. Ao invés disso, saiba que as promessas de oração de Deus são PARA VOCÊ. E, pela fé que Deus lhe dá, ore diariamente, baseando sua confiança em Sua maravilhosa promessa: "Pedi, e dar-se-vos-á ... ". Então, prepare-se para receber bênçãos "[d]aquele que é poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo quanto pedimos ou pensamos ... " (Efésios 3.20). C
Boas Notas Nº 8. Oração. P.24.

terça-feira, 3 de abril de 2012

É preciso ser assim?

Você não sabe que, se eu pedisse ajuda ao meu Pai, ele me mandaria agora mesmo doze exércitos de anjos? Mas, nesse caso, como poderia se cumprir aquilo que as Escrituras Sagradas dizem que é preciso acontecer? (Mateus 26.53,54).
     E o feriadão de Páscoa?  O que mais ouço a respeito são as pessoas se preparando para uma viagem, um passeio, enfim, algo diferente num fim de semana prolongado.  Cheguei a pensar que até mesmo os cristãos estão deixando para longe o significado e a importância da Sexta-feira Santa e da Páscoa, fazendo dessa data um feriado como o de Carnaval para quem não gosta de sambar.  Não poderia ser diferente?
     Quaresma, Semana Santa e Sexta-feira Santa eram diferentes.  Havia cultos especiais que  preparavam para a grande festa da Páscoa. Os cultos da Sexta-Feira Santa eram os mais frequentados. Até aquelas pessoas que iam à igreja duas vezes no ano estavam lá. Havia até exageros:  as rádios, por exemplo, mudavam sua programação e tocavam músicas clássicas apropriadas para meditação.  
     É possível resgatar o profundo significado da morte e ressurreição de Jesus celebrados nesta data?  Isto será possível se notarmos que o acontecido com Jesus não podia ser diferente. Quando Pedro quis defender o Mestre por ocasião de sua prisão Jesus garante que tinha à disposição doze exércitos de anjos para defendê-lo. Mas ele pergunta: Como poderia se cumprir aquilo que as Escrituras Sagradas dizem que é preciso acontecer?
      Estava escrito que tinha que ser assim por causa da miséria humana e do amor de Deus em nos reconciliar. Isaías escreveu (700 a.C):  “Ele suportou dores e sofrimentos sem fim...Porém, ele estava sofrendo por causa dos nossos pecados e estava sendo castigado por causa das nossas maldades” (Is 53). Ele é a “imagem do Deus invisível”.. que, havendo feito a paz pelo sangue da sua cruz,... reconciliasse consigo mesmo todas as cousas...”(Cl 1.15,ss). Por isso Deus lhe deu o nome que está acima de todo o nome, diante do qual um dia todos terão que se curvar e reconhecer que Jesus é Senhor para a glória de Deus Pai (Fp 2.11).
     Sei lá como você está se preparando para celebrar a Páscoa.  Uma viagem, um passeio, um retiro, um encontro com familiares, sem dúvida, são bons programas. Faça isso se for possível, mas não se esqueça de que a História da morte e ressurreição de Jesus era preciso acontecer por você e por mim.
     Celebre a Páscoa participando de um culto cristão onde quer esteja.  Dê uma boa olhada para este homem pendurado na cruz do Calvário.  Ele morreu por você! E no domingo da Páscoa ressuscitou para você também ressuscitar!
Rev. Edgar Lemke