sexta-feira, 19 de agosto de 2011

A faxina...

Limpar uma casa, um carro, uma roupa. Toda a faxina é uma atitude nobre e recompensável, pois  é bom ver tudo limpinho!
Divulgou-se que a presidente(a) Dilma ousou fazer uma espécie de faxina demitindo pessoas envolvidas em corrupção. Porém já está colhendo dificuldades, pois os companheiros dos demitidos ou investigados já andam se revoltando.
Fingir que não vê a sujeira traz seus benefícios pessoais. Afinal a pessoa não se envolve, não cria inimigos, não suja as mãos.
Como tu tens feito em tua vida? Tens realizado as faxinas necessárias? Ou tens fingido que está tudo limpinho?
Detectar sujeiras na casa do vizinho é mais cômodo. Enxergar e clamar contra a corrupção lá dos políticos parece hábito entre as conversas. Mas e as nossas pequenas ou grandes corrupções? Jesus denunciou nossa tendência de olharmos o cisco no olho do outro e esquecermos-nos de verificar a trave que está diante de nós. (Mateus 7).
Em nosso país, há um clamor pelo combate a corrupção. No entanto, vez por outra se vê um juiz assassinado, um defensor de causas ambientais morto por donos de madeireiras, um policial perseguido por aqueles que passaram apenas uma noite na prisão, um professor que é ridicularizado por assumir a difícil tarefa de realmente educar e deixar aquela filosofia do: “eu finjo que ensino e tu fingis que aprende”.
Dias atrás fui limpar e podar galhos de um limoeiro. Os espinhos em minhas mãos não tiraram a alegria do dever cumprido.
Cada um de nós deve saber quais os galhos secos do limoeiro da vida que precisam ser cortados. Também sabemos e sentimos os espinhos de dificuldades do dia-a-dia; porém jamais devemos esquecer dAquele que não enfrentou apenas pequenos espinhos, mas grandiosos cravos que traspassaram as mãos na cruz do calvário. Jesus fez isso para, com seu sangue, faxinar, limpar todos os nossos pecados. (1 João 1.7)
Com a força e o amor daquele que nos “torna justos” pelo perdão e mediante a fé, vamos igualmente lutar por justiça. Seria ilusão pensar que vai ficar tudo limpinho, mas certamente ficará melhor, ainda mais se começarmos no nosso coração. 
Pastor Ismar L. Pinz

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Pais que matam filhos

Histórias iguais a do pai que matou a filha para receber um seguro e não pagar a pensão são rotineiras e revelam o grau da perversidade humana. Nem adiantou a adolescente implorar “paizinho, por favor, não me mate”. Outro exemplo recente vem dos Estados Unidos, de um genitor que esquartejou o filho deficiente de sete anos porque “dava muito trabalho”. As estatísticas confirmam que a violência familiar tem aumentado de forma assustadora. No Brasil, mais de 6 milhões de crianças e adolescentes sofrem algum tipo de maus tratos físicos, levando à morte 35 mil a cada ano, e boa parte disto ocorre dentro do próprio refúgio onde deveria existir amor e segurança.

Violência fora, violência dentro. Para onde fugir? Este tipo de maldade traz tanta indignação no coração de Deus, a ponto de Jesus dizer que seria melhor o agressor ser jogado ao mar com uma pedra amarrada no pescoço. Interessante que tais palavras estão no contexto dos recados de Jesus sobre o casamento: “que ninguém separe o que Deus uniu”, e na sua bênção às crianças: “deixem que venham a mim”. Entendo que os evangelistas Mateus, Marcos e Lucas narram estes três episódios num único conjunto para enfatizar o que a humanidade tem esquecido: o bem estar das crianças é uma bênção divina que depende da união estável no matrimônio. O apóstolo Paulo diz a mesma coisa ao lembrar que marido e esposa devem se amar pelo respeito que têm por Cristo. Só depois fala da relação de filhos e pais (Efésios 6).

A Bíblia explica que a violência vem “dos maus desejos que estão sempre lutando” dentro de nós (Tiago 4.1). Num tempo quando não havia tantos objetos de consumo, diz que as pessoas “querem muitas coisas, mas, como não podem tê-las, estão prontas até para matar” (4.2). Diabolicamente, a violência é fruto da cobiça. Não foi por nada que o Salvador veio pobre ao mundo e ensinou a ajuntar riquezas no céu onde ladrões não podem arrombar. Se o pai de Gaurama tivesse este “seguro”, ele não mataria a filha, mas daria a vida por ela.

Rev. Marcos Schmidt