segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Epifania

Leia em sua Bíblia: Mateus 2.1-12

“E vendo eles a estrela, alegraram-se com intenso júbilo. Entrando na casa, viram Maria, sua mãe. Prostrando-se, o adoraram; e, abrindo os seus tesouros, entregaram-lhe suas ofertas: ouro incenso e mirra”. (vv. 10s.)
A primeira importante, útil e necessária lição que aprendemos desta história é que os magos, ao procurarem a Cristo, o Rei que acabara de nascer, não o encontraram em Jerusalém como tinham imaginado. Para encontrá-lo, tiveram que consultar e ouvir o que o profeta Miquéias tinha a dizer. Munidos apenas da palavra, e deixando de lado seus próprios pensamentos, voluntariamente, partem da santa capital Jerusalém e rumam a Belém, cidadezinha insignificante, e não se escandalizam nisso. Então, quando tinham deixado Jerusalém, Deus os consola, fazendo reaparecer a estrela, que foi adiante deles até Belém, até a porta da casa onde estava o menino. Eles bem que precisavam desse consolo, pois tudo o que encontram ali é pobreza e mendicância. Aquele não era o lar de José e Maria. O menino está deitado numa manjedoura. Ali existe, quando muito um copo de água. Tudo isso não combina com um rei!
Mas aí essa gente piedosa não se deixa enganar. Ficam firmes naquilo que tinham ouvido do profeta Miquéias e visto na estrela. Por isso, apesar da aparência pobre e miserável, ajoelham-se diante do menino, adoram-no, abrem seus tesouros e lhe dão presentes.
A segunda coisa que deveríamos aprender dessa história é como devemos nos portar diante de nosso amado Senhor Jesus Cristo, a saber: que removamos todo escândalo e, juntamente com os magos, confessemos a Cristo, o Senhor, ao mundo, que o busquemos de coração e o adoremos como nosso Salvador. Além disso, porque nesse mundo seu reino se apresenta tão pobre e miserável, devemos ajudar voluntariamente com o nosso dinheiro, bens e tudo que temos, para que o mesmo seja promovido e cresça, pois esse reino sofre toda sorte de resistência e opressão do diabo e do mundo. Pois podemos muito bem imitar o exemplo dos magos, abrindo hoje nossos tesouros para Cristo e dando-lhe presentes. O motivo para tanto está em Mateus 25.40: “O que fizestes a um desses meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes”.

Martinho Lutero

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Violino na mão do Mestre (é Natal)

        Um velho violino, batido e riscado, foi a leilão. O leiloeiro pensou que nem valeria a pena gastar seu tempo tentando vender aquele velho e surrado violino. Ele o segurou com um sorriso, e disse: “Um real?”. “Será que alguém oferece um real?”. “Quem começará as ofertas?”. “Um real? Quem dará um real?”. “Um real”. “Alguém dá dois… dois reais?”. “Dois reais pra moça aí do fundo”. “Três reais… três reais…”. “Ninguém”? “Três reais…”. “Por dois reais, dole uma… alguém dá mais? Não? Dole duas… por dois reais…”.
        Foi quando, do fundo do salão, um homem de cabelos grisalhos veio para frente e pegou o arco. E limpando a poeira do velho violino e esticando as cordas soltas, tocou uma melodia como um coro de anjos, com o som que só àquele violino tinha.
        A música parou, e o leiloeiro, com uma voz baixa e reverente disse: “Voltemos ao leilão do velho violino?” “Alguém dá mais…?”. “Mil reais”, disse alguém. “Dois mil”, disse o outro. E foi vendido a quatro mil reais.

        O que mudou o valor daquele velho violino?
        Foi o toque da mão do mestre.

        Há muitas pessoas com a vida desafinada, batida e marcada pelo tempo e por seus pecados, que em meio à multidão são considerados de pouco valor, tal como este velho violino. Mas aquele mestre, ao tocar o violino, alterou seu valor e o seu futuro. 
  
        O Natal nos mostra exatamente isto: quem é o Mestre, que veio ao mundo, para tocar na vida e no coração dos homens, para mudar seu valor e seu futuro. A oportunidade de vivenciar mais um Natal é a oportunidade para ser um violino do Mestre.
Pense nisso! Creia nisso! É a Palavra de Deus que assim o diz.

Rev. Cézar C. Kaiser - IELB
Congregação Luterana "São Mateus" - Erechim, RS

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Advento e Natal

Mais uma vez o Natal se aproxima.
Os cristãos se preparam para sua chegada com o Advento, que significa “vinda”.
A vinda do Senhor Jesus Cristo se dá de duas maneiras. A primeira já ocorreu, quando o Messias Salvador veio ao mundo, de forma humilde e pobre, como servo, nascendo em aparente fraqueza, para fazer com que nós – pecadores dignos de castigo e inferno – tivéssemos perdão dos pecados e vitória sobre a morte. Após a obra da salvação, Jesus subiu ao céu. Nas suas palavras afirmou subir ao céu a fim de preparar lugar para todos os que nele cressem (Jo 14.2), visto que “a Escritura encerrou tudo sob o pecado, para que, mediante a fé em Jesus Cristo, fosse a promessa concedida aos que crêem” (Gl 3.22). Enquanto esperam, Jesus ordenou aos seus discípulos: “Ide por todo o mundo e pregai o vangelho a toda criatura” (Mc 16.16). Pois “a fé vem pela pregação, e a pregação, pela palavra de Cristo” (Rm 10.17). E, “Quem crer e for batizado será salvo” (Mc 16.17).
Agora, aguardamos o segundo advento (vinda) de Cristo, quando ele virá com todo o poder e glória e reunirá todos os que nele creram, e os levará para o seu Reino Eterno (Mc 13.26,27). Este será o dia em que a ressurreição atingirá todos os mortos de todos os tempos e os crentes em Cristo serão reunidos ao Senhor em eterna bem-aventurança (1Ts 4.16,17).
Enquanto aguardamos o advento definitivo de Cristo, vivemos na certeza das suas palavras: “eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século” (Mt 28.20). Esta presença celebramos e partilhamos constantemente, visto a presença de Cristo estar ligada à Santa Palavra, e se tornar concreta na Santa Ceia onde comungamos do próprio corpo e sangue de Cristo. Assim, celebramos o advento de Cristo que já aconteceu “na manjedoura de Belém”, que acontece hoje na “Palavra e Santa Ceia” e que acontecerá de forma definitiva em sua vinda para o juízo final.
Esta é a motivação que temos para celebrarmos o ADVENTO. O Advento com o Natal e a Páscoa do Senhor são os grandes acontecimentos da vida, “são mais preciosos que ouro depurado”. Por isso enfatizamos... não deixe de partilhar o Advento e o Natal. Vá a Igreja. Viva sua fé. Celebre aquele que te salvou. Agradeça a Deus e o sirva em alegria e gratidão. E que o Advento de Cristo seja cada vez mais impactante na sua vida!
Confira no informativo publicado neste blog as datas de cultos e celebrações do Advento e Natal e participe conosco, ou procure a IELB ou outra igreja cristã em sua cidade. Venha… e convide seus amigos. Traga sua família! Vamos celebrar o Cristo Salvador!

Rev. Cézar C. Kaiser
IELB, Erechim, Rs

terça-feira, 22 de novembro de 2011

A Coruja e o Falcão

Boa parábola!!! Esta fala ao seu coração !
     Certa vez um homem observou uma coruja que estava junto à janela.  Ela caiu e o distraiu da oração, mas ele não deu muito importância a ela. Nos outros dias, ele observou que a coruja permanecia naquele lugar e parece que se estabelecera ali.
     Dia após dia ele pôs-se a observar aquela coruja.  Notou que ela quase não se movia. Começou a incomodar-se com aquela ave.  Ela ocupava mais tempo de sua atenção que a oração.  Como veio parar ali, se não comia e uma vez até chegou a mexer com ela para ver se realmente era uma coruja de verdade.  De tanto observar, notou que a ave era cega e isso encheu mais ainda sua cabeça de perguntas.
     Até que um dia, notou que um falcão entrava na igreja com algo entre os bicos.  Eram algumas minhocas ou algum inseto e que servia de alimento para a coruja.
     Ele maravilhou-se com o que viu e chegou a coçar os olhos para ver se enxergava direito: O falcão entrava na igreja para alimentar a coruja, da mesma forma como faria com um de seus filhotes.
     Imediatamente o piedoso homem começou a louvar o Senhor e a se perguntar a razão de tamanho milagre. Jesus diz que Deus cuida até dos pássaros com o cuidado de um pai.
Sentiu enorme consolação ao pensar em um Deus amoroso, que coloca um falcão para cuidar de uma mísera coruja.
     O que não faria Deus por ele?
     Sentiu o coração vibrar ao perceber que Deus também cuidava dele com o mesmo carinho com que cuidava daquela ave.
     No entanto sua consolação também lhe trouxe a moção interior de que Deus lhe revelava algo único. Refletiu e decidiu vender tudo o que tinha e colocar-se ao único cuidado do Senhor. Ponderou que era apegado demais aos seus bens e que Deus o chamava para viver uma vida de pobre, dependendo unicamente da providência divina, pois ele valeria mais que milhões de coruja. Saiu de sua casa e colocou-se como mendigo na porta da mesma igreja que costumava freqüentar.
     No entanto começou a ter dificuldades. As pessoas o tinham conhecido como rico comerciante e não entendiam porque ele estava ali.  Alguns achavam que tinha endoidecido; não lhe davam esmolas e ele começou a passar fome. Desolado e entristecido, pensava que Deus o tinha abandonado.  Renunciara a tudo para viver da providência de Deus e Deus não aceitou sua renúncia.  Revelou sua desolação e procurou um pastor. Ao que o pastor lhe perguntou:
– Você tem certeza que foi Deus quem lhe pediu para viver como mendigo?
– Claro, a experiência com a coruja me mostrou que Deus sempre cuida de quem precisa, eu não tinha como duvidar! – Respondeu convicto.
     O pastor o encarou serenamente e com muita compaixão lhe perguntou:
– Você tem certeza que Deus o chamava a ser coruja?  Não lhe estaria chamando a ser falcão?
     Muitos agem como verdadeiros fariseus abdicando de tudo que tem para viver uma vida pobre que aguça a compaixão das pessoas. Deus nos tem chamado para sermos falcões, libertando pessoas, levando amor, consolo e sustento.
     É claro que Deus nos trata como à coruja, mas nos chamou para sermos como o falcão.  Se você decidir assumir seu papel como falcão, Deus lhe conduzirá exatamente onde há uma coruja precisando de alimento.

Colaboração do pastor Martinho Krebs

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

A faxina...

Limpar uma casa, um carro, uma roupa. Toda a faxina é uma atitude nobre e recompensável, pois  é bom ver tudo limpinho!
Divulgou-se que a presidente(a) Dilma ousou fazer uma espécie de faxina demitindo pessoas envolvidas em corrupção. Porém já está colhendo dificuldades, pois os companheiros dos demitidos ou investigados já andam se revoltando.
Fingir que não vê a sujeira traz seus benefícios pessoais. Afinal a pessoa não se envolve, não cria inimigos, não suja as mãos.
Como tu tens feito em tua vida? Tens realizado as faxinas necessárias? Ou tens fingido que está tudo limpinho?
Detectar sujeiras na casa do vizinho é mais cômodo. Enxergar e clamar contra a corrupção lá dos políticos parece hábito entre as conversas. Mas e as nossas pequenas ou grandes corrupções? Jesus denunciou nossa tendência de olharmos o cisco no olho do outro e esquecermos-nos de verificar a trave que está diante de nós. (Mateus 7).
Em nosso país, há um clamor pelo combate a corrupção. No entanto, vez por outra se vê um juiz assassinado, um defensor de causas ambientais morto por donos de madeireiras, um policial perseguido por aqueles que passaram apenas uma noite na prisão, um professor que é ridicularizado por assumir a difícil tarefa de realmente educar e deixar aquela filosofia do: “eu finjo que ensino e tu fingis que aprende”.
Dias atrás fui limpar e podar galhos de um limoeiro. Os espinhos em minhas mãos não tiraram a alegria do dever cumprido.
Cada um de nós deve saber quais os galhos secos do limoeiro da vida que precisam ser cortados. Também sabemos e sentimos os espinhos de dificuldades do dia-a-dia; porém jamais devemos esquecer dAquele que não enfrentou apenas pequenos espinhos, mas grandiosos cravos que traspassaram as mãos na cruz do calvário. Jesus fez isso para, com seu sangue, faxinar, limpar todos os nossos pecados. (1 João 1.7)
Com a força e o amor daquele que nos “torna justos” pelo perdão e mediante a fé, vamos igualmente lutar por justiça. Seria ilusão pensar que vai ficar tudo limpinho, mas certamente ficará melhor, ainda mais se começarmos no nosso coração. 
Pastor Ismar L. Pinz

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Pais que matam filhos

Histórias iguais a do pai que matou a filha para receber um seguro e não pagar a pensão são rotineiras e revelam o grau da perversidade humana. Nem adiantou a adolescente implorar “paizinho, por favor, não me mate”. Outro exemplo recente vem dos Estados Unidos, de um genitor que esquartejou o filho deficiente de sete anos porque “dava muito trabalho”. As estatísticas confirmam que a violência familiar tem aumentado de forma assustadora. No Brasil, mais de 6 milhões de crianças e adolescentes sofrem algum tipo de maus tratos físicos, levando à morte 35 mil a cada ano, e boa parte disto ocorre dentro do próprio refúgio onde deveria existir amor e segurança.

Violência fora, violência dentro. Para onde fugir? Este tipo de maldade traz tanta indignação no coração de Deus, a ponto de Jesus dizer que seria melhor o agressor ser jogado ao mar com uma pedra amarrada no pescoço. Interessante que tais palavras estão no contexto dos recados de Jesus sobre o casamento: “que ninguém separe o que Deus uniu”, e na sua bênção às crianças: “deixem que venham a mim”. Entendo que os evangelistas Mateus, Marcos e Lucas narram estes três episódios num único conjunto para enfatizar o que a humanidade tem esquecido: o bem estar das crianças é uma bênção divina que depende da união estável no matrimônio. O apóstolo Paulo diz a mesma coisa ao lembrar que marido e esposa devem se amar pelo respeito que têm por Cristo. Só depois fala da relação de filhos e pais (Efésios 6).

A Bíblia explica que a violência vem “dos maus desejos que estão sempre lutando” dentro de nós (Tiago 4.1). Num tempo quando não havia tantos objetos de consumo, diz que as pessoas “querem muitas coisas, mas, como não podem tê-las, estão prontas até para matar” (4.2). Diabolicamente, a violência é fruto da cobiça. Não foi por nada que o Salvador veio pobre ao mundo e ensinou a ajuntar riquezas no céu onde ladrões não podem arrombar. Se o pai de Gaurama tivesse este “seguro”, ele não mataria a filha, mas daria a vida por ela.

Rev. Marcos Schmidt

quarta-feira, 29 de junho de 2011

O Milagre e os milagres

Jesus nunca convidou os doentes, aleijados, pobres e desprovidos de prosperidade material. Ele disse: “Venham a mim, todos os que estão cansados e sobrecarregados de carregar as suas pesadas cargas” (Mateus 11.28). É só dar uma olhadinha no contexto bíblico para descobrir quem são os “cansados”. Jesus tinha curado pessoas de doenças físicas e, mesmo assim, continuavam espiritualmente enfermas (v.20). Então reclama e faz o convite para o maior milagre: arrependimento e perdão dos pecados.
Não encontro na pregação dos atuais milagreiros o convite para este descanso. Ao contrário, vejo mais cansaço. Inflacionam o peso da superstição em objetos “abençoados”, sobrecarregam de culpa, injetam medo da inveja e “olho grande”, acendem pavor do diabo e do mal, provocam fadiga nos dízimos e escravizam sob o jugo de regras religiosas. Tudo isto com a Bíblia em punho. Usam um versículo, jogam fora o restante do texto, e invertem o sentido divino com propósitos humanos.
Diz o evangelista Mateus que no Dia do Juízo Jesus terá mais pena de Sodoma do que Cafarnaum (11.24). Sodoma simboliza os pecados da imoralidade e depravação (1 Timóteo 1.10), e Cafarnaum é a cidade onde Jesus habitou e fez vários milagres. Foi neste lugar que desceram um paralítico pelo telhado (Lucas 5.17-26), e o Senhor lhe disse: “os seus pecados estão perdoados”. O povo queria mesmo uma cura física. Jesus então respondeu que é mais fácil fazer um paralítico andar do que perdoar pecados, e curou o homem. Disse isto por uma questão óbvia: o perdão custou o sofrimento dele na cruz, enquanto que milagres não custam nada para ele, são atos próprios do seu poder divino.   
Sem dúvida, o que falta hoje é arrependimento dos pecados, tanto para Sodoma como para Cafarnaum. Mas o convite do Salvador permanece. Para um descanso único e específico: “Venham a mim e eu lhes darei”. E “venham todos”. Porque todos são pecadores e precisam de Jesus.

Rev. Marcos Schmidt

sábado, 4 de junho de 2011

Emoção marca a produção da Bíblia de número 100 Milhões

O dia 26 de maio de 2011 entrou para a história do Brasil e do mundo. Nessa data, mais precisamente às 16h, foi alcançada a marca mundialmente inédita de 100 milhões de Bíblia produzidas pela Gráfica da Bíblia, existente desde 1995, em Barueri (SP).
Veja toda a matéria no link a seguir:
http://www.ielb.org.br/site/index.php?pagina=noticias&id=586

quarta-feira, 1 de junho de 2011

PRECONCEITO, DISCRIMINAÇÃO, EDUCAÇÃO E DEUS

A moda do momento é a luta contra o preconceito e a discriminação. Nada mais justo; afinal é inconcebível que em pleno século 21, num país democrático e de livre expressão ainda haja espaço para este tipo comportamento e atitude descabida.
Preconceito, palavra composta por pré+conceito refere-se a “conceito ou opinião formados antes de ter os conhecimentos adequados”. Dessa falta de conhecimento ou conhecimento equivocado derivam a discriminação, o racismo, a opressão e coisas do gênero; nada louváveis nem diante de Deus, nem dos homens. O problema, contudo, está no fato que em nome de uma luta justa contra o preconceito, querem jogar fora a água suja da banheira junto com a criança. Sim se esquecem que é impossível viver sem conceitos pré-estabelecidos e querem jogar na lata de lixo tanto os conceitos inadequados quanto aqueles que são  fundamentais para sociedade e o bem estar dos indivíduos. E nessa onda já se jogou Deus, a igreja, a família e agora a língua portuguesa ralo abaixo.
De acordo com um livro didático (cujo titulo ironicamente é “por uma vida melhor”) aprovado e distribuído pelo MEC, é preconceito e discriminação ensinar falar e escrever corretamente. Aqui entre nós, vivemos um tempo onde quanto mais idiomas o sujeito dominar com fluência e destreza, maiores serão suas chances de ter uma vida melhor. Preconceito e discriminação neste caso seria o fato de tolher em nossas crianças o direito de ao menos tentar progredir no conhecimento de seu próprio idioma, negando-lhes o direito de serem ensinadas e corrigidas adequadamente.
Já avisava muito antes no Livro Sagrado, aquele que confundiu as línguas em Babel, mas lhes deu uma lógica certa ao criar a cada uma, que “feliz o homem que acha sabedoria e adquire conhecimento” (Provérbios 3.13) e alertava para um fato trágico: “o meu povo está sendo destruído porque lhe falta conhecimento” (Oséias 4.6). Faltavam os conceitos corretos que foram deixados de lado em nome de uma falsa liberdade e vida melhor!
Ditas por Jesus e emprestadas como slogan por Martinho Lutero na Reforma Protestante, ainda são bem atuais as Palavras registradas pelo evangelista João: “e conhecereis a verdade e a verdade vos libertará” (João 8.32).  Surge daí o afinco de Lutero na luta para que o povo tivesse acesso ao conhecimento da Palavra de Deus e ao conhecimento secular. Na luta pela primeira traduz o Novo testamento para o alemão. Na luta pela segunda estabelece o objetivo de ter ao lado de cada igreja uma escola que ofereça ensino de qualidade, para que as crianças tenham oportunidades adequadas na vida. Lutero sabia que o ensino de qualidade e o conhecimento da Palavra de Deus são os métodos mais eficazes contra o preconceito, a discriminação e a opressão.
Talvez seja hora de resgatar da lata que outrora os jogamos, velhos conceitos valiosos dados por Deus: “Ensina a criança no caminho em que deve andar e, ainda quando for velho, não se desviará dele.” (Provérbios 22.6). Porque a verdade liberta.  O conhecimento faz crescer. E o amor não descrimina. A prova está no amor de Deus, que AMOU AO MUNDO enviando seu único filho: o caminho – a verdade – a vida!

Rev. Ernani Kufeld

PENTECOSTES

Pentecostes é a festa do Espírito Santo, também chamado de aniversário da Igreja Cristã.
O Espírito Santo é a terceira pessoa da Santíssima Trindade. Ele é Deus igual ao Pai e ao Filho. Ele procede do Pai e do Filho (Jo 15.26), mesmo assim não é anterior nem posterior, mas igual ao Pai e ao Filho em poder, glória e majestade.
A Bíblia fala do Espírito Santo da primeira à última página. Porém, em sua plenitude, o Espírito Santo só foi concedido no Novo Testamento, após Jesus ter completado sua obra salvífica e ter subido ao céu. Ele disse: “E quando eu for... rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, a fim de que esteja para sempre convosco. …o Consolador, o Espírito Santo, a quem o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo o que vos tenho dito. (Jo 14.3,16, 26). Isto veio a cumprir-se no dia de Pentecostes, acontecimento este que você pode ler em Atos cap. 2.
Jesus também definiu a obra do Espírito Santo. O Consolador, virá “a fim de que o Pai seja glorificado no Filho.” (Jo 16.14). O que significa isto? Significa que o Espírito Santo está incumbido de mostrar às pessoas, através da Palavra de Deus, quem é Jesus e o que ele fez para a salvação da humanidade. Assim o Pai é glorificado no Filho, revelado pelo Espírito Santo. “Quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo” (Jo 16.8). Mostrar que Jesus por sua paixão e morte de cruz, pagou pela culpa de toda a humanidade e a reconciliou com Deus (2 Co 5.19); e, ao ressuscitar, triunfou, por nós, sobre nossos inimigos: pecado, morte e Satanás.
Você vê o que Jesus fez por ti? Você o conhece? Isto é porque o Espírito Santo que o revelou. Isto é porque em ti está o Espírito Santo.
Louve ao Senhor por tal obra!
Rev. Cézar C. Kaiser

terça-feira, 24 de maio de 2011

100 Milhões de Bíblias produzidas!

A Sociedade Bíblica do Brasil convida você para a celebração da marca de 100 milhões de Bíblias produzidas. Veja o vídeo: http://www.sbb.org.br/multimidia/default.asp?id=23

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Homofobia e Liberdade de Expressão!!!

        Não sou contra as leis criadas para proteger homossexuais contra a violência de fundamentalistas. Ainda que não entenda porque não se enquadram em leis já existentes contrárias a violência contra toda e qualquer pessoa.
       Vejo com temor a maneira como projetos de leis têm sido apresentados. Pois na ânsia de proteger um comportamento, acabam roubando a liberdade de expressão.
       Que a liberdade seja para todos! Que cada um escolha a cor que quer pintar a sua casa, o time que quer torcer, o alimento que deseja comer. Contudo, cada um também deve ser livre para dizer que não gosta da cor marrom, ou que não gosta desta ou daquela equipe.
       Que cada um tenha o direito de ser e agir como homossexual ou como heterossexual, bissexual e outras definições existentes nesse sentido. Contudo, cada um também deve ser livre para dizer que não gosta ou não aprova tal comportamento por princípios políticos, filosóficos ou religiosos.
       Ninguém tem o direito de machucar, violentar ou discriminar uma pessoa. Não pode um torcedor agredir o outro - só porque torce pelo time rival. Não pode pichar a casa que foi pintada da cor que eu não gosto. Porém eu posso me manifestar. Posso torcer pelo meu time, posso recomendar outra cor. Uma coisa é discriminar e violentar. Outra é manifestar opinião.
       Precisamos respeitar todas as “pessoas”, heteros ou homossexuais, mas podemos, por liberdade, expressar nossa opinião e convicção religiosa, de que Deus criou homem e mulher e que julgamos a prática homossexual não recomendável, contrária a ordem do Criador.
       Essa manifestação não é homofobia! Confundir uma coisa com outra é um atentado a liberdade de expressão!

Pastor Ismar Pinz

sexta-feira, 13 de maio de 2011

UNIÃO HOMOSSEXUAL - Parecer Oficial da IELB... nosso parecer.

A Igreja Evangélica Luterana do Brasil (IELB) está estabelecida num país onde há liberdade de viver, se expressar e agir conforme a decisão ou vontade de cada um.  Assim, a opção sexual faz parte dessa liberdade. Por outro lado, a IELB também entende que a liberdade de discordar e não aceitar em seu meio uma união homossexual, por esta ferir os princípios da Bíblia Sagrada,  faz parte da sua liberdade e não lhe pode ser cerceada, pois fere a Constituição Nacional. A Constituição Brasileira, no seu Artigo V, incisos IV, VI, VIII e IX, diz:

IV – é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;

VI – é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias;

VIII – ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei;

IX – é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença;

            Assim, precisamos diferenciar homossexualismo de homofobia. A Igreja Luterana não concorda com a conduta homossexual, mas não discrimina o ser humano homossexual.
Por isso declaramos:
1 –   A IGREJA EVANGÉLICA LUTERANA DO BRASIL crê e confessa que a sexualidade é um dom de Deus, destinado por Deus para ser vivido entre um homem e uma mulher dentro do casamento.
2 -    A IELB crê e confessa que o homossexual é amado por Deus como são amadas por Deus todas as suas criaturas.
3 -    Em amando todas as pessoas e também o homossexual, Deus não anula o propósito da sua criação.
4 -    Por esta razão, a igreja, em acordo com a Sagrada Escritura, denuncia na homossexualidade um desvio do propósito criador de Deus, fruto da corrupção humana que degrada a pessoa e transgride a vontade de Deus expressa na Bíblia. “Com homem não te deitarás, como se fosse mulher: é abominação. Nem te deitarás com animal, para te contaminares com ele, nem a mulher se porá perante um animal, para ajuntar-se com ele: é confusão. Portanto guardareis a obrigação que tendes para comigo, não praticando nenhum dos costumes abomináveis que praticaram antes de vós, e não vos contamineis com eles: Eu sou o Senhor vosso Deus” (Levítico 18.22,23,30); “Por isso Deus entregou tais homens à imundícia, pelas concupiscências de seus próprios corações, para desonrarem os seus corpos entre si; semelhantemente, os homens também, deixando o contato natural da mulher, se inflamaram mutuamente em sua sensualidade, cometendo torpeza, homens com homens, e recebendo em si mesmos a merecida punição do seu erro” Romanos 1.24,27); “Ou não sabeis que os injustos não herdarão o reino de Deus? Não vos enganeis: nem impuros, nem idólatras, nem adúlteros, nem efeminados, nem sodomitas, nem ladrões, nem avarentos, nem bêbados, nem maldizentes, nem roubadores herdarão o reino de Deus” (1 Coríntios 6.9-10).
5 -    Porque a homossexualidade transgride a vontade de Deus e porque Deus enviou a igreja a levar Cristo Para Todos, a igreja se compromete a encaminhar o homossexual dentro do que preceitua o amor cristão e na sua competência de igreja, visando a que as pessoas vivam vida feliz e agradável a Deus; Mateus 19.5: “... Por esta causa deixará o homem pai e mãe, e se unirá a sua mulher, tornando-se os dois uma só carne.”
6 -    A IELB, repudiando qualquer forma de discriminação, deve estar ao lado também das pessoas de comportamento homossexual, para lhes dar o apoio necessário e possam vir a ter a força para viver vida agradável a Deus.
7 -    Diante disto repudiamos a idéia de se conceder à união entre homossexuais o caráter de matrimônio legítimo porque contraria a vontade expressa de Deus e dificulta, se não impossibilita, a oportunidade de tais pessoas revisarem suas opções e comportamento.
8 -    Repudiamos também, por conseqüência, a hipótese de ser dado a um casal homossexual a adoção e guarda de crianças como filhos porque entre outros prejuízos de formação, formará na criança uma visão distorcida da sua própria natureza.

Fiéis ao nosso lema CRISTO PARA TODOS ensinamos que a igreja renova também o seu compromisso de receber pessoas homossexuais no amor de Cristo visando que a fé em Jesus as transforme para a nova vida da qual Deus se agrada.
Em nome da Igreja Evangélica Luterana do Brasil

Rev. Egon Kopereck
Presidente IELB

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Tragédia no Realengo... que sinal é este?

No início da tarde de quinta-feira 07 de abril, fui averiguar se ainda havia noticiário no ar. Fiquei trêmulo, pasmo e sem palavras. Um rapaz de 23 anos, do qual dizem que não tinha amigos exceto o computador, mostrou a que ponto a natureza humana chega. Wellington entrou numa Escola Municipal em Realengo, na Zona Oeste do Rio, foi até as salas de aula e disparou contra os alunos, matando 12 e deixando outros 18 feridos. Uma tragédia; e milhões de corações perplexos e atônitos.
O que dizer deste deplorável acontecimento? Muitas coisas podem ser ditas. É um episódio que suscita muitas questões. Difícil é definir o que convém ser dito. Porém, uma coisa pode ser dita na certeza de ser verdade.
Nosso Senhor Jesus claramente disse que chegará o dia em que voltará para Juízo. Acontecerá então o grande e glorioso dia da ressurreição, no qual todos os que aceitaram a salvação do Cristo serão recebidos no céu e, infelizmente, condenados os que recusaram seu bendito resgate. Então, Jesus descreveu que se dariam acontecimentos servindo de sinais de alerta para os cristãos, indicando que o dia estaria próximo e que de fato advirá; e seriam sinais de testemunho para todo o mundo de que sua Palavra é verdadeira e que se cumpre uma a uma. Por isso todos devem ouvi-la e nela crer.
Em Mateus 24.10, por exemplo, diz que nos últimos dias, “muitos hão de se escandalizar, trair e odiar uns aos outros”. Ligando isto ao acontecimento do Realengo, muita coisa poderia ser dito.
Mateus 24.12: “por se multiplicar a iniquidade, o amor se esfriará de quase todos”. A iniquidade envenena, mata, produz rancor e ódio. Se não for aplicado o remédio certo – o sangue de Cristo com seu perdão e amor – o amor esfria. Quanto mais poderíamos dizer considerando este aspecto?
Observemos que não é uma boa questionar a Deus (talvez até culpando-o) pela tragédia. É preciso questionar os homens!
2 Timóteo 3.1-4:  “Sabe, porém, isto: nos últimos dias, sobrevirão tempos difíceis, pois os homens serão egoístas, avarentos, jactanciosos, arrogantes, blasfemadores, desobedientes aos pais, ingratos, irreverentes, desafeiçoados, implacáveis, caluniadores, sem domínio de si, cruéis, inimigos do bem, traidores, atrevidos, enfatuados, mais amigos dos prazeres que amigos de Deus…”
Claro que não podemos ousar afirmar que esta tragédia está cumprindo especificamente esta ou aquela palavra ou profecia. Afirmar isto pode ser petulância de nossa parte. Mas, no mínimo precisamos pensar e considerar os fatos, ponderando na Palavra do Senhor e nos sinais nela profetizados. É importante percebermos que a obras dos homens estão gerando morte e caos, e não as obras de Deus. Estas sempre geram vida! Tanto é que, para nos dar a oportunidade de um futuro diferente deste, Deus (Cristo) sacrificou-se na cruz, carregando lá os nossos pecados (1Pe 2.24), a fim de, um dia, podermos ser ressuscitados sem os mesmos e termos nova vida (1Co 15.52). É no Cristo que nós, nossos filhos e todos os homens, atingidos por tragédias ou não, temos a vida que supera todo o caos e a própria morte.
Diante dos sinais que anunciam vivermos os tempos do fim, firmemo-nos cada vez mais no Salvador, sabendo que ninguém e nem nada pode separar-nos desta salvação que está em Cristo Jesus, nosso Senhor (Rm 8.39). E enquanto aqui no mundo, usemos deste amor em relação ao nosso próximo, levando Cristo para todos, acolhendo com amor e integrando a Cristo pela fé. Assim, já agora vivenciamos a nova vida, no privilégio de sermos expressão de Deus para a sociedade.

Rev. Cézar Claudenir Kaiser – Pastor na Paróquia Luterana São Mateus de Erechim, Rs

Revista Teologia...

Já estão disponíveis três números da revista eletronica chamada "'Teologia' e prática Pastoral Luterana". É uma revista produzida por pastores da Igreja Luterana e disponibilizada gratuitamente de forma eletrônica. Para ler ou baixar, vá ao blog da revista. Acesse http://revistateologia.blogspot.com/

Ao lado a capa da Revista Nº 3.

Boa leitura!

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Morrer é Lucro ou Prejuízo?

Muitas pessoas lutam contra a morte e se esquecem de lutar pela vida.  Sim, pois alguns querem viver, simplesmente por ter medo de morrer.
O apóstolo Paulo diz: “Para mim o viver é Cristo, e o morrer é lucro. (Fp 1.21).
Já se passaram alguns dias da morte de José Alencar. Mas permaneceu como exemplo a maneira como o ex-vice-presidente lutou para viver, sem ter medo de morrer.
Há casos em que o desejo de viver é meramente egoísta. Mas há também exemplos em que o desejo de morrer é mera covardia. Por isso o exemplo do José Alencar comoveu. Afirmava que queria viver para servir, para trabalhar, para ajudar – mas estava sereno para morrer.
Conheço muitas outras pessoas que serviram de exemplo nesse sentido – talvez até mais apropriados que o ex-presidente. Porém são anônimos.
A verdade é que a morte procura e encontra. Encontra a todos! Famosos ou comuns. Pois a morte é a maldição sobre o pecado (Rm 6.23). E o pecado, definitivamente está sobre todos.
Cantamos e enfatizamos que “é preciso saber viver” – mas é bem verdade que também é preciso saber morrer. Jesus veio ao mundo para viver e morrer por nós. Vivendo ele amou, serviu, curou, perdoou, resgatou. Morrendo ele pagou pelos pecados e ressuscitando venceu a morte. Na ressurreição ele nos comissiona a uma vida honrada, a uma vida de serviço.
Em Cristo já não há razão para temer a morte. Porém sempre há razões para enfrentar a vida! Por mais pesada e doida que sejam as catástrofes, as doenças e as aflições. Pois sempre haverá ao nosso redor alguém precisando de ajuda e um sorriso de gratidão quando ajudado.
Não há dúvida: o viver tem sentido absoluto em Cristo, o Deus que se fez homem para servir. Cabe bem o ditado: “quem não vive para servir não serve para viver”. Peço licença para acrescentar: “quem não vive para servir, não serve para viver e encontrariam ‘prejuízo’ no morrer”. Isso porque sem Jesus, fatalmente serão condenados. Mas em Jesus, até mesmo a morte é lucro. Foi Ele quem disse: “Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá. (Jo 11.25)”.

Pastor Ismar L. Pinz

quarta-feira, 2 de março de 2011

Autocontrole no Trânsito

As chocantes imagens do atropelamento coletivo de ciclistas em Porto Alegre servem de exemplo para motoristas, ciclistas, motoqueiros, pedestres. Questionado sobre o que faria se pudesse voltar no tempo, o atropelador respondeu que teria ficado em casa naquele dia. Mas não adianta fugir das ruas quando em casa está a família. Até porque não é preciso um volante para atropelar. Bastam palavras e gestos de um coração dominado pelo impulso da raiva. 

Pesquisas revelam que este motorista agressivo não está sozinho. Boa parte dos brasileiros transforma-se em predador assim que agarra o volante. Uma psicóloga brasileira entrevistou 900 motoristas, e descobriu que 84% deles sentem ira enquanto dirigem. "O carro dá poder e permite o extravasamento de emoções, inclusive da raiva que se traz de casa ou do trabalho", diz um psiquiatra especialista em tráfego. Problema que, segundo ele, se agrava quando juntam três situações: o carro servindo de objeto de poder, o trânsito extravasando a raiva, e a presença de um transtorno impulsivo.

Que o carro é uma arma, isto os dados comprovam. Mais de 50 mil mortos e 500 mil feridos por ano nas avenidas do nosso país.  No entanto, o que muitos não sabem é que ela está engatilhada nas mãos de qualquer motorista, de gente simples e poderosa, de gente tranquila e nervosa, de gente sã e doente. Como evitar que eu seja a próxima vítima, ou o próprio assassino? Um desafio diário e constante quando boa parte da nossa existência transita em quatro ou duas rodas.

Além de controlar um veículo, o motorista precisa controlar a si mesmo. “Deixem que o Espírito de Deus dirija a vida de vocês e não obedeçam aos desejos da natureza humana”, lembra o “código de trânsito” em Gálatas. Um destes desejos é a raiva, mas, ao enumerar os frutos na vida daqueles que são “controlados” pelo Espírito Santo, o texto finaliza com o domínio próprio. Já em outra epístola, o mesmo autor avisa: “Se vocês ficarem com raiva, não deixem que isso faça com que pequem” (Efésios 4.26). Um alerta nestas loucas avenidas entulhadas de carros e de gente estressada.

Rev. Marcos Schmidt
Comunidade São Paulo, Novo Hamburgo, RS
3 de março de 2011

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

A gente é aquilo que vê

Charge , Jornal NH
“Todo mundo, sem exceção, é um pouco voyeur”, comenta o psicólogo Jacob Goldberg ao tratar sobre o Big-Brother. Mas explica que pode virar doença quando a pessoa deixa de almoçar para ver o outro almoçando, ou de trabalhar para não perder um lance da vida do vizinho. Para o psicanalista Jurandir Freire, existe também o perigo das más influências. Diz que “as pessoas de uma maneira geral querem encontrar na vida dos outros exemplos para entender e resolver questões de suas próprias vidas. O erro é que essas pessoas que se expõem são as menos indicadas para servir como parâmetro, como exemplo de vida”.

Qual a influência desses reality shows? Boa, ruim, nenhuma? Conseguimos mudar de canal ou até mesmo desligar a televisão? Referindo a este Big-Brother, o seu diretor deixou escapar: “Liberei a porrada entre eles! Será que vai rolar?”. Eles sabem que quanto mais brigas, cenas íntimas, e questões polêmicas iguais à transexualidade de uma atual participante – o resultado é audiência e o retorno financeiro. E é isto o que interessa.

Um exemplo clássico na Bíblia de voyeurismo e exibicionismo é a história de Davi e Bate-Seba (2 Samuel 11). Sem câmeras e binóculos, mas no terraço do seu palácio, o rei enxergou uma mulher muito bonita tomando banho. A história terminaria bem diferente se Davi fixasse os olhos mais na sua esposa, e Bate-Seba fechasse a cortina da janela sem provocar o rei. Mais tarde, Salomão, filho deste caso extraconjugal, recomendou sobre o adultério: “Tenha cuidado com o que você pensa, pois a sua vida é dirigida pelos seus pensamentos” (Provérbios 4.23). Ele ainda poderia dizer que os pensamentos são dirigidos pela visão.

“Venha ver”, disse Filipe para Natanael a respeito de Jesus (João 1.46). Ele foi, viu, e se tornou discípulo. Jesus já tinha dito para André e Pedro: “Venham ver”. E o resultado foi o mesmo. É o Evangelho do próximo Domingo na liturgia cristã, e que faz refletir nesta época de alta definição das telas: o mundo carece de boas imagens para ser melhor. Porque nada adianta uma tela grande, limpa e colorida, quando o que se vê é pequeno, sujo e obscuro. Sem dúvida, a gente pensa, faz e é aquilo que vê.
Marcos Schmidt
pastor luterano   
fone 8162-1824
Igreja Evangélica Luterana do Brasil
Comunidade São Paulo, Novo Hamburgo, RS
13 de janeiro de 2011

sábado, 8 de janeiro de 2011

Quando um ano é NOVO

Dentre os votos desejados na virada do ano, o mais comum é “feliz ano novo”. Não é sem motivo que a circuncisão e o nome dado ao menino nascido em Belém coincidem com o início do ano. Deus é o primeiro que quer nos dar um NOVO ano.
“Completados oito dias para ser circuncidado o menino, deram-lhe o nome de JESUS, como lhe chamara o anjo, antes de ser concebido”. (Lc 2.21)
O nome JESUS tem atrás de si toda uma razão para ser usado.
Este JESUS é o menino que tornaria possível a todos os povos do mundo o ser povo de Deus. Ter no seu povo gente de todos os povos do mundo é o desejo de Deus, expresso já na aliança feita com Abraão, conforme descrito em Gênesis: “Quanto a mim, será contigo a minha aliança; serás pai de numerosas nações” (Gn 17.4). Quando olhamos para Gl 3.28,29, descobrimos como e quem são aqueles que fazem parte das numerosas nações que têm por pai a Abraão. Diz Paulo: “Dessarte, não pode haver judeu nem grego; nem escravo nem liberto; nem homem nem mulher; porque todos vós sois um em Cristo Jesus. E, se sois de Cristo, também sois descendentes de Abraão e herdeiros segundo a promessa”.
Os “de Cristo”, portanto, são os descendentes de Abraão, os herdeiros segundo a promessa e pertencentes ao povo de Deus. Ser de Cristo é ser NOVO Homem, é ter nova nacionalidade, é ter um novo ano com tudo novo, com tudo o que envolve o “ser de Deus”.
E o que é que envolve o “ser de Deus”?
Voltemos ao nome JESUS. “Ela dará à luz um filho e lhe porás o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo dos pecados deles” (Mt 1.21). Jesus não veio para escravizar com leis, mas para salvar o seu povo dos pecados deles. Temos um Salvador! Ele veio para estar ao nosso lado no dia-a-dia (Mt 1.23). Podemos contar com ele. As dificuldades já não assustam e nem derrubam como antes.
Um ano feliz e novo é que todos desejam… e é o que Deus concede em Cristo! Como ter um ano NOVO permanecendo nas velhas simpatias e continuando a ser o mesmo de antes? JESUS, entretanto, faz tudo ser NOVO. Ele inclusive nos faz a nós, diariamente, novos… salvando-nos de nossos pecados, fazendo-nos ser povo de Deus e dando-nos novos rumos e novo futuro. Nosso diálogo agora pode ser:
- Feliz ano novo! …porque Deus nos mandou o seu Filho e seu nome é JESUS.
- Obrigado! Será novo todos os dias, porque tenho este JESUS. E com ele, será novo e feliz pra você também.

Rev. Cézar C. Kaiser – IELB
Erechim, janeiro de 2011.