quinta-feira, 31 de maio de 2012

Abuso sexual

A declaração da Xuxa revelando ter sido vítima de abusos sexuais quando criança alimentou comentários e reflexões sobre o assunto, que efetivamente é uma triste e dura realidade.
Convido a sociedade a repensar a maneira que lidamos com a sexualidade – e acuso, em especial, a pornografia como grande alimentadora dos abusos, pois a pornografia trata a sexualidade de maneira extremamente vulgar.
Toda vez que um estuprador é preso, a polícia encontra em sua casa uma grande quantidade de material pornográfico, o que revela que minha acusação é fundamentada e não está apenas no mundo das ideias.
O que quero denunciar aqui é que os abusos sexuais estão sendo alimentados pela maneira como estamos vivendo. A mesma sociedade que reclama é a que alimenta essa situação. Desde já deixo claro que a sexualidade é dom de Deus – não é pecado, mas sim a promiscuidade, tão comum em nossos dias.
Sei que os abusos acontecem desde que o pecado entrou no mundo, mas nos últimos tempos, cada vez mais temos tratado a sexualidade como algo descartável. Os aliciadores à prostituição são mais diretos e criativos. A indústria pornográfica é uma das mais lucrativas! Propagandas recheadas de erotismo barato são veiculadas diante de crianças e adolescentes. Músicas praticamente incentivam o abuso! Não tenho dúvidas, que tudo isso alimenta mentes desequilibradas. O resultado é que mulheres e crianças são estupradas, casamentos são desfeitos, doenças sexualmente transmissíveis multiplicam-se, e o dilema social das mães carentes e solteiras aumenta consideravelmente.
Enquanto a pornografia é aceita e difundida, a Palavra do Criador é considerada babaquice e até mesmo é proibida em instituições.
Fidelidade? Amor e respeito? Isso são coisas para os caretas! Porém, ouso dizer que os chamados caretas vivem com mais intensidade e felicidade a sua vida sexual em seus casamentos, uma vez que ela não acaba no final de uma festinha, mas permanece estável em um relacionamento recheado de sentimentos nobres e constantes, sem aquele vazio de quem foi usado, sem aquele medo de ser descartado!
O devaneio dos abusadores e os traumas dos abusados podem ser tratados a partir do rigoroso amor de Deus, que nos presenteia com a alegria do correto “uso” da sexualidade e com o amor de Jesus, que morreu na cruz, para pagar o preço pelos “abusos” da humanidade e dar uma esperança aos que desejam recomeçar suas vidas.
Pastor Ismar L. Pinz

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Olhar para cima

   Um professor universitário, antes de cada preleção, sempre mencionava seu jardim, no qual passeava e meditava na preparação de seus ensinamentos. Muitos alunos ficaram convencidos de que o professor dispunha de um jardim maravilhoso, dado o fato de expor tão lindos ensinamentos. Certo dia um aluno foi visitá-lo e teve uma decepção ao descobrir que se tratava de um jardim acanhado, minúsculo. Manifestou sua decepção ao mestre, ao que o professor respondeu: “ Oh não! Ele é muito alto, ele alcança os céus”. Estava aí o segredo de seus belos ensinamentos. Ele olhava para cima. Antes de cada nova tarefa invocava a ajuda de Deus.
   Se nós não olharmos mais para cima, tenhamos a certeza de que Deus olha para baixo. O seu amor não lhe permite desviar o seu olhar sobre nós, assim como foi o amor de seu filho, Jesus Cristo, que se entregou à cruz para nos salvar.
   “O Deus Eterno olha do céu e vê toda a humanidade. Do seu lugar onde mora, ele observa todos os que vivem na terra” (Sl 33.12,13). Se olharmos para cima pedindo ajuda, ele com certeza nos atenderá. ¨ Eu sou o Senhor, o Deus de vocês; eu os seguro pela mão e lhes digo: Não fiquem com medo, pois eu os ajudo” (Is 41.13). Que ajuda é essa? “Eu lhe ensinarei  o caminho por onde você deve ir; vou guiá-lo e orientá-lo” ( Sl 32.8). Em outro Salmo o autor confessa: “Procuro seguir sempre as tuas ordens porque és tu que me ensinas”(Sl 119.102).
   O professor buscava de cima inspiração para suas aulas, pois sabia que “a bênção do Senhor Deus traz prosperidade, e nenhum esforço pode substituí-la”(Pv 10.22). Talvez inspirado pelas palavras deste salmista, o poeta sacro escreveu: Do poder de Deus depende, tudo o que o homem empreende e não de outro bem qualquer. Quem puser sua esperança  no Senhor de certo alcança, tudo quanto lhe couber. (HL 478,1)
    “Feliz aquele que recebe ajuda do Deus de Jacó, aquele que põe a sua esperança no Eterno, o seu Deus...” ( Sl 146.5)
  Rev. Guido Rubem Goerl – Pastor emérito da IELB       

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Ascenção

Leia em sua Bíblia: Salmo 110

 “Disse o Senhor ao meu Senhor: Assenta-te à minha direita, até que eu ponha os teus inimigos debaixo dos teus pés”. (Sl 110.1)

            Cristo está assentado nos céus, esperando até que todos os seus inimigos estejam debaixo de seus pés. Este é o seu ofício propriamente dito. Ele não dorme, mas vigia por nós. Ele também não quer nenhum substituto, pois ele mesmo quer desincumbir-se desta tarefa. Quando alguém se dirige a ele, ele quer estar ali, pronto para ajudar. Se alguém está com algum problema, que se dirija a Cristo e receberá ajuda. O dia do juízo final ainda não chegou e os nossos inimigos, a carne, o pecado, a morte, ainda permanecem. Mas, no dia derradeiro, Cristo entregará o reino ao Pai. Agora ele governa os cristãos dentro de seus corações, consola-os na aflição, purifica-os e intercede por eles. No dia derradeiro todos os seus reinarão com ele, assentados à direita de Deus. Só então o último e real inimigo será esganado.
            Aqui na terra ainda encontraremos fé vacilante, ansiedade pelo sustento e desespero sempre que Deus parece estar distante. Qual é o nosso consolo neste mundo?  Cristo, nosso sacerdote, que morreu por nós e cuida de nós, vê que nossos inimigos querem nos destruir. Por isso ele os afasta, e clama ao Pai que se coloque do nosso lado. Quando a consciência percebe isto temos acesso garantido ao Pai em toda e qualquer angústia. O que nos falta são olhos suficientemente fortes para podermos olhar através das nuvens, para dentro dos céus, e ter a certeza de que Cristo é nosso advogado. [Roguemos ao nosso Pai, e também isto nos dará, como prometeu].
Martinho Lutero