Cristo está assentado nos céus, esperando até que todos os seus inimigos estejam debaixo de seus pés. Este é o seu ofício propriamente dito. Ele não dorme, mas vigia por nós. Ele também não quer nenhum substituto, pois ele mesmo quer desincumbir-se desta tarefa. Quando alguém se dirige a ele, ele quer estar ali, pronto para ajudar. Se alguém está com algum problema, que se dirija a Cristo e receberá ajuda. O dia do juízo final ainda não chegou e os nossos inimigos, a carne, o pecado, a morte, ainda permanecem. Mas, no dia derradeiro, Cristo entregará o reino ao Pai. Agora ele governa os cristãos dentro de seus corações, consola-os na aflição, purifica-os e intercede por eles. No dia derradeiro todos os seus reinarão com ele, assentados à direita de Deus. Só então o último e real inimigo será esganado.
Aqui na terra ainda encontraremos fé vacilante, ansiedade pelo sustento e desespero sempre que Deus parece estar distante. Qual é o nosso consolo neste mundo? Cristo, nosso sacerdote, que morreu por nós e cuida de nós, vê que nossos inimigos querem nos destruir. Por isso ele os afasta, e clama ao Pai que se coloque do nosso lado. Quando a consciência percebe isto temos acesso garantido ao Pai em toda e qualquer angústia. O que nos falta são olhos suficientemente fortes para podermos olhar através das nuvens, para dentro dos céus, e ter a certeza de que Cristo é nosso advogado. [Roguemos ao nosso Pai, e também isto nos dará, como prometeu].
Martinho
Lutero
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